domingo, 28 de setembro de 2014

14º Capítulo: José Luiz (A Carta)

Duas noites depois, Crica se mantém retraída no quarto, em uma solidão a qual sua avó entendia ser necessária, ela e Maurício sabiam que só Crica poderia resolver esse problema, e até o momento, Crica ainda não abrira a carta de Juninho.

Maurício e Glaura conversavam na varanda, provavelmente olhando as estrelas, como o livro diz... Glaura se mostra indecisa, se fez o certo em entregar a carta a neta, diz que ela correu perigo, pois acabou se perdendo no meio daquela tempestade. Maurício diz que ela correu certo perigo, sim, porém, não foi tanto assim. Maurício expressa sua opinião sobre o Senhora, dizendo que ele não é o que parece, e que nenhum dos personagens é inocente como às vezes parece, e diz que Glaura não liga para a parte do livro que explicita isso. Glaura então pergunta o por quê de ele saber tanto sobre o livro, já que não gostara dele. Maurício explica que precisava entender Dona Glaura melhor, e finalmente toca no assunto do seu romance com Dona Glaura, após 50 anos. Dona Glaura fica surpresa.

Maurício diz que ficou com medo, medo de levar Glaura para uma vida de privações, que sabia que a vida de sua amada mudaria drasticamente, saindo da maior fazenda da região, para viver com um "ninguém". Glaura diz que isso não justifica, que talvez ela estivesse disposta a isso, diz que Maurício deveria ter se aberto com ela. Maurício então retruca, dizendo que a família Martiniano só aceitava homens mais que "perfeitos", e que ele não poderia chegar e dizer: "Estou com medo". Glaura diz que foi ela quem deu o endereço do sítio a Juninho, e o fez acreditar, com a voz mais convincente que conseguiu ter a essa flor da idade ao telefone, que o garoto apanharia de chicote, se inventasse de vir encontrar a garota, ao invés de mandar a carta. Glaura então diz que gostou de Maurício ter se aberto, finalmente com ela, mesmo que com 50 anos de atraso, chama Maurício de meu querido, o mesmo gosta, e comemora dando 2 ou 3 baforadas mais rápidas em seu cachimbo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário